27.6.08

'ÔBA LÁ VEM ELA'


Titane está diferente e vai surpreender o seu público. Principal cantora mineira em atividade, Titane lança o disco “Ana”, experimentando outras alturas para o seu canto preciso e intenso, revelando composições da nova geração de músicos de Minas Gerais.

O lançamento, que traz no título o nome da titã “Ana”, é uma coletânea da nova cena na voz de uma das maiores e mais autênticas intérpretes de Minas Gerais. Em homenagem aos compositores que se revelaram no Reciclo Geral – Mostra de Composições Inéditas, em 2002, Titane selecionou um repertório de mineiridades, registrando composições de Renato Villaça, Makely Ka, Érika Machado, Cecília Silveira, Dudu Nicácio e Kristoff Silva.

Mantendo a marca da carreira artística de Titane, o disco “Ana” apresenta uma experimentação musical refinada, com a participação de Renato Villaça na produção do disco e Rafael Martini em arranjos elaborados com um primor contemporâneo. Makely Ka deixa sua impressão artística influenciando versos e prosas. Entre os músicos convidados, todos talentosos representantes em processo de se fazer descobrir, a diversidade da música mineira interpretada por Titane.

Escute, aprecie e acesse um som que se encontra com o pulsar do presente. Vá lá no site para baixar as músicas, experimentar manipular os instrumentos das canções e baixar o encarte, obra e arte de Águeda Couto, com fotografia de Eustáquio Neves em site desenvolvido por Pedro Miranda.

O show de lançamento acontece dia 2 de julho, às 20h30, na programação do Stereoteca. Uma intensa experiência sonora é o que Titane garante para o show de logo mais. No embalo do seu disco que traz “uma interação suave com a máquina” ela apresenta um show único, um convite à audição sensível de sua voz, na elaborada base instrumental garantida pelos músicos Renato Villaça (guitarras), Rafael Azevedo (violões), André Cabelo (manipulação de áudio) e com intervenção criativa de João das Neves, da iluminadora Telma Fernandes, do artista plástico Osório Garcia e do fotógrafo Eustáquio Neves. Apareça!

Reforçaram o convite: Jornal Estado de Minas, O Tempo, Hoje em Dia, Rádio Inconfidência, Rádio Alvorada e mais Portal Terra, Globo Minas, Agenda BH, BH Eventos, Guia Entrada Franca, Dany Morealle, dentre outros.
Muchas gracias Fumaça Corp!


Tudo ao mesmo tempo agora! Titane lança ANA e a Comum coloca o carro da rua. A Cooperativa da Música de Minas chegou pra trabalhar em rede, articulando ações que visam profissionalizar o mercado e oferecer melhores condições de trabalho para os músicos daqui. Tamo junto! Para seguir adiante, com quem mais quiser cooperar, assembléia nesta segunda-feira, dia 30. Saiba mais na versão release do Pixelando ou no impresso registrado no Autófago. Acompanhe e participe, bons horizontes à vista.


foto eustáquio neves

26.6.08

. ART



“Coletivo de pesquisa, criação e produção audiovisual”, como eles mesmos se definem, a Teia reúne talentosos e jovens cineastas de Minas Gerais, realizadores de filmes de arte e documentários que tem elevado a fama do estado nos circuitos cinematográficos de todo o mundo.

Vez em sempre eles presenteiam o público belo-horizontino com sessões de seus filmes. Ontem mesmo rolou exibição de filmes em película viabilizados com Lei de Incentivo, como “Trecho”, de Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina e o curta ficção “Outono” de Pablo Lobato, que entram em cartaz no Usina Unibanco de Cinema nesta sexta-feira.

A programação contemplou ainda filmes em vídeo, feitos em 2008 de maneira independente, e talvez por isso, mais livres para revelar o perfil autoral dos cineastas dos tempos de agora: Roberto Belini, referenciando Ítalo Calvino com “Jardim Invisível”; Sérgio Borges, registrando momentos únicos em “Perto de Casa”, Helvécio Marins Jr. com “Nem marcha, nem chouta” e Leonardo Barcelos com “Nacos de Pele”.

Uma pausa no corre do dia-a-dia para imergir nesta arte conceitual inspiradora e estimulante. Pode ser que telespectadores muito acostumados ao ritmo frenético da tv recebam os vídeos da Teia com mais impaciência que inquietude. Mas o espaço para o silêncio, os sons do ambiente, o movimento da luz e as experimentações estéticas convida a um outro tempo de apreciação dessa arte que aguça (em) todos os sentidos. Tendo oportunidade de comparecer a uma outra sessão da Teia, não perca.



cena do filme "Trecho", de Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina

23.6.08

BIENVENIDO

Toque de recolher
Árvores sem folhas
Florescer de cores



A tristeza é como o inverno
Passageiro e seguido da primavera

6.6.08

FAVELA É ISSO AÍ : SINGULAR


O que é que a favela tem pouco se sabe, muito (mal) se diz, e quase sempre nenhuma proeza se mostra. “Favela é isso aí” vem quebrar esse gelo revelando o que circula por ‘entre becos e vielas’ através da arte, da criatividade e da cultura dos jovens de lá.

Fruto do trabalho da incansável antropóloga Clarice Libânio que lançou em 2004 o pioneiro ‘Guia Cultural das Vilas e Favelas de Belo Horizonte’ (disponível aqui), a ONG Favela é Isso Aí vem contribuir para o fortalecimento e divulgação dos artistas do morro, que não são poucos. Os dados coletados pelo Guia revelam que são mais de 740 grupos culturais “entre as mais de 500 mil pessoas que habitam a periferia de Belo Horizonte”, isso em 2004.

Com o aumento das oportunidades vindas com o surgimento de ONG’s como o próprio Favela, além de mecanismos de incentivo e profissionalização dos envolvidos, a tendência ao crescimento é certeira. O Favela é isso Aí segue no mesmo ritmo, se estruturando para receber e gerar demandas entre os artistas, fortalecendo um cenário que mais do que social, é também artístico.

Atualmente a ONG ocupa uma sede no bairro Serra onde estão sendo montados estúdio de ensaio e gravação de bandas, além de ilha de edição de vídeo. Dispondo de um espaço amplo, essa sede revela-se também um potencial ponto de encontro de artistas de diferentes áreas e regiões da cidade. No momento estão acontecendo oficinas gratuitas de cinema de animação e oficina de vídeo documentário.

Os resultados do trabalho da ONG surgida em 2004 podem ser conferidos no site que funciona como um difusor das ações desenvolvidas, além de ser um banco de dados sobre as vilas e favelas de Belo Horizonte e uma fonte de informações sobre comunidades e terceiro setor. Lá também se encontra uma série de dicas de “Lugares legais” para se visitar nas diversas comunidades existentes em Belo Horizonte.

O conteúdo disponível pela web está também no “Informativo Favela é Isso Aí” que circula pelas comunidades compartilhando o conteúdo de pesquisas e levantamento de dados disponíveis no site. Ora Boa desde sempre colabora com a coluna ‘Outro Umbigo’.

A mais recente produção do Favela é Isso Aí é a coletânea de livros “Poesia e Prosa no Morro”, com cinco livros que reúnem a produção literária e poética de moradores de comunidades de BH, além de livro de receitas, reunião de ensaios e atualização do Guia Cultural das Vilas e Favelas.

O lançamento do “Poesia e Prosa no Morro” acontece na próxima terça-feira, dia 10 de junho, no Museu Histórico Abílio Barreto, com direito à show de Domingos do Cavaco com participação de U-Gueto, dança com Brother Soul, projeção de fotos de Pedro David e degustação da culinária diferenciada do grupo Semear e Grupo Causa. A partir das 19h para quem quiser participar.


“Singular” é um dos artigos do livro de ensaios. Produzido exclusivamente para esta coletânea, o artigo aborda questões de arte, identidade e cidadania. Uma prévia do Singular você lê a respeito aqui no blog. Este lançamento vai ser um momento importante em vários sentidos: pelos anos de persistência e busca por investimento para publicação dessa coletânea, também pioneira pela temática e conteúdo dos livros e pela estréia do Singular em uma publicação tão autêntica. Comemoremos!

1.6.08

VER TE


POEMINHA DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mário Quintana


O verde está saindo da praça... do mercado e da cidade. Já não há mais beija-flor e logo serão poucos os pássaros em geral. A verdinha nota de um real virou raridade, assim serão também com as árvores?

O homem abriu mão de ter os pés no chão, vive no deslumbre, nas alturas dos arranha-céus. A cabeça nas nuvens e as árvores sem chão. Os pássaros sem pouso se vão, o ar não se recicla, o sufoco se amplia. Os valores agora são outros.

“Alvorada com passarada” “passou o tempo e o vento levou”. A moeda veio para substituir o “papel” do beija-flor, na mesma época em que o belo horizonte aos poucos se perde em meio à selva de pedras. Uma troca como tantas outras históricas. Um desejo sincero de que esse novo trocado não represente também a perda de mais verde na paisagem.