Uma homenagem feita por artistas diversos, intimados a criarem e experimentarem com liberdade é também um convite para se conhecer John Cage. São 95 anos de nascimento e 15 anos de desnascimento desse representante da música contemporânea que justificam essa celebração a ser realizada pelos poetas Ricardo Aleixo, Ana Caetano e Marcelo Dolabela hoje em Belo Horizonte.
+95-15=John Cage revela o alcance das influências desse “profeta da arte interdisciplinar”, como disse Augusto de Campos. Portanto, anuncia Ricardo Aleixo “nenhuma das performances vai fechar na área do artista responsável por ela”. E nesse palco vão estar reunidos os multiartistas Ana Caetano, Benedikt Wiertz, Antônio Loureiro, Izadora Fernandes, Letícia Castilho, Marcelo Dolabela, Marcelo Kraiser, Ricardo Aleixo, Sérgio Medeiros e Território Mudo. (tem um tanto sobre eles aqui)
A busca por interdisciplinaridade e uso de linguagens híbridas, uma marca da obra de Cage e um anseio da década de 60, é hoje uma realidade confirmada em cada um desses artistas. Influenciados por essa busca e legitimadores dessa linguagem artística contemporânea, juntos eles vão realizar performances e referenciar esse ícone da evolução musical do século XX.
No mundo ora um tanto hermético da arte contemporânea, John Cage poderia ser considerado uma referência “popular”? Ricardo Aleixo o considera tanto pop quanto popular e lança o convite pra conferir o vídeo de Cage em um programa de auditório americano. Uma experiência que “é o contrário da impenetrabilidade da arte contemporânea que a gente convive”, antecipa.
Com sua orquestra “caseira” Cage faz uma música fundamentada em ritmos, com o ruído no lugar das notas e toda a liberdade para que circulem sons do ambiente, dos objetos e do silêncio. Com movimentos simples e instrumentos bem “familiares” ele revela uma arte que não se separa da vida e por isso parte da sinfonia é composta também pelos manifestos da platéia. Como foi integralmente com a clássica composição 4’33’’, ela toda fruto do seu silêncio e das explanações do público.
+95-15=John Cage revela o alcance das influências desse “profeta da arte interdisciplinar”, como disse Augusto de Campos. Portanto, anuncia Ricardo Aleixo “nenhuma das performances vai fechar na área do artista responsável por ela”. E nesse palco vão estar reunidos os multiartistas Ana Caetano, Benedikt Wiertz, Antônio Loureiro, Izadora Fernandes, Letícia Castilho, Marcelo Dolabela, Marcelo Kraiser, Ricardo Aleixo, Sérgio Medeiros e Território Mudo. (tem um tanto sobre eles aqui)
A busca por interdisciplinaridade e uso de linguagens híbridas, uma marca da obra de Cage e um anseio da década de 60, é hoje uma realidade confirmada em cada um desses artistas. Influenciados por essa busca e legitimadores dessa linguagem artística contemporânea, juntos eles vão realizar performances e referenciar esse ícone da evolução musical do século XX.
No mundo ora um tanto hermético da arte contemporânea, John Cage poderia ser considerado uma referência “popular”? Ricardo Aleixo o considera tanto pop quanto popular e lança o convite pra conferir o vídeo de Cage em um programa de auditório americano. Uma experiência que “é o contrário da impenetrabilidade da arte contemporânea que a gente convive”, antecipa.
Com sua orquestra “caseira” Cage faz uma música fundamentada em ritmos, com o ruído no lugar das notas e toda a liberdade para que circulem sons do ambiente, dos objetos e do silêncio. Com movimentos simples e instrumentos bem “familiares” ele revela uma arte que não se separa da vida e por isso parte da sinfonia é composta também pelos manifestos da platéia. Como foi integralmente com a clássica composição 4’33’’, ela toda fruto do seu silêncio e das explanações do público.
Sem dúvidas, John Cage rompeu barreiras e não fez isso sozinho. Abriu caminhos na música e junto com outros artistas das artes plásticas, vídeo-arte, literatura e música experimentaram fusões e fundaram o movimento de arte neo-dadaísta de nome Fluxus.
A performance e as criações do poeta Ricardo Aleixo refletem passagens pelos caminhos trilhados por Cage. Ele conta da surpresa de americanos, em recente viagem aos EUA, ao descobrirem que no Brasil Cage também é visto como poeta. A referência é aos mesósticos, trabalhos gráficos do artista que Ricardo considera como uma estrutura das formas verbais com muita competência de linguagem. “É motivo para nós enquanto poetas nos aproximarmos dele. Poeta no sentido do uso da palavra, mas também dos desdobramentos desse trabalho que chega até a performance e a musicalização”.
Linguagens híbridas e especialmente happenings e performances adaptadas aos tempos de hoje estão na prática da intermídia proposta para a homenagem +95-15=John Cage que vai rolar nessa quinta, dia 30 de agosto, às 19h, na Sala Multiespaço da Oi Futuro (Av. Afonso Pena, 4001). Artistas de varias áreas vão tentar transcender o limite da linguagem a qual está identificado, apropriando-se dessa liberdade lançada por John Cage. É só chegar e conferir.
4 comentários:
queria ter ido, mas acabou não dando. deve ter sido bem interessante. o ricardo aleixo escreveu no blog dele mais ou menos o que aconteceu.
Queria também ter ido.
Ludinha, acabei de linkar o Ora Boa lá no Mascando. Dá uma visitada lá depois. Bjos
nú! tem até teia de aranha aqui, hein?
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